sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Álcool para gripe suína?
Você já deve ter reparado que álcool virou ouro nas farmácias, pois além de raro ficou CARO! Mas será que adianta mesmo "lavar" as mãos com álcool para evitar essa doença?
Veja o que foi publicado, em 2006, pelo Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas sobre a ação antimicrobiana do álcool:
O álcool Etílico 70% e o Isopropílico 92%, são desinfetantes e antissépticos hospitalares. A sua utilização é regida pela Portaria nº15, de 23 de agosto de 1988, da ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A desinfecção é o processo de destruição de microorganismos patogênicos na forma
vegetativa, presentes em superfícies inertes, mediante aplicação de agentes químicos e físicos. Microrganismos patogênicos são microrganismos com características de alta
virulência ou alta transmissibilidade, como os que secretam exotoxinas, liberam
endotoxinas, formam cápsulas, entre outras.
NOTA:
Desinfetantes - São agentes químicos capazes de destruir microrganismos na forma vegetativa, existentes em superfícies inertes.
Anti-séptico - São agentes químicos capazes de destruir microrganismos existentes em tecidos vivos. Entre eles temos: Álcool Etílico 70% e Álcool Isopropílico 92%.
Mecanismos de ação
O álcool nas formulações acima possuem princípio ativo recomendados pelo Ministério da Saúde; em concentrações apropriadas, os alcoóis possuem redução mais rápida e maior das contagens microbianas. Destrói bactérias vegetativas, tanto pela desnaturação protéica, quanto pela interferência no metabolismo microbiano. Fungos e Vírus são também destruídos pelo álcool, mas esporos bacterianos podem ser resistentes. Quanto maior o peso molecular do álcool, maior a ação bactericida.
Um esfregão vigoroso por um período de um minuto com álcool, em quantidade suficiente
para molhar as mãos completamente, tem se mostrado como o método mais efetivo para
anti-sepsia das mãos.
Álcool 70% possui concentração ótima para atividade microbicida, pois a desnaturação das proteínas do microrganismo faz-se mais rapidamente na presença de água e é também
viruscida. Estudos mostram a redução de 99% da flora da pele, sendo de baixa irritabilidade cutânea, principalmente quando utilizado com um emoliente (1% de glicerol); é irritante de mucosa.
Indicação do álcool como anti-séptico
. para degermação das mãos da equipe entre procedimentos quando da impossibilidade da
lavagem das mãos; na degermação das mãos, o álcool deve ser esfregado vigorosamente
nas mãos até secar (cerca de 30 segundos). O álcool não remove sujeira ou matéria
orgânica;
. para peles em procedimento de baixo e médio risco;
. antes de colocar as luvas.
A Organização Mundial de Saúde recentemente designou o álcool como o padrão ouro
dentre os antissépticos que foram julgados, recomendando que seja altamente utilizado.
Desse forma, podemos perceber que há necessidade de ficarmos atentos ao tipo de álcool que está sendo vendido, pois o álcool em GEL, normalmente 40%, não é eficaz contra esses microrganismos.
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Um comentário:
Se o alcool gel não faz efeito o povo se fodeu, pq todo mundo compro isso pra ficar pelo menos com a consciencia mais tranquila!!
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